Para um perfil conservador, a sugestão é alocar entre 70 e 80% em renda fixa.
Montar uma carteira de investimento no exterior dá trabalho: é preciso analisar o cenário macroeconômico, ler relatórios de casas análises para encontrar as melhores oportunidades e principalmente ficar atento aos juros dos Estados Unidos. Afinal, qualquer mudança na taxa básica da maior economia do mundo afeta os ativos financeiros.
Perfil Conservador
A estratégica recomendada para o perfil conservador sugere 70 a 80% em renda fixa, complementada por 20 a 30% em renda variável. “A ênfase recai sobre a segurança e a preservação do capital, com uma tolerância ao risco mais baixa”.
Para o especialista, a parcela da renda fixa deve incluir principalmente Treasuries – equivalente aos papéis do Tesouro Direto brasileiro – de curta duração; money market funds (MMFs), um tipo de fundo mútuo de investimento que aplica em instrumentos de dívida de curto prazo e de alta qualidade; e bonds de alta qualidade.Para o especialista, a parcela da renda fixa deve incluir principalmente Treasuries – equivalente aos papéis do Tesouro Direto brasileiro – de curta duração; money market funds (MMFs), um tipo de fundo mútuo de investimento que aplica em instrumentos de dívida de curto prazo e de alta qualidade; e bonds de alta qualidade.
Na porcentagem destinada à renda variável, falou, a seleção deve priorizar ativos com menor volatilidade, como ações de empresas consolidadas com histórico de distribuição de dividendos; REITs – versão americana dos fundos de investimento imobiliários no Brasil; e ETFs (fundos de índice) para uma exposição diversificada ao mercado de ações.
Perfil Moderado
Para perfis moderados, a sugestão de Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, é alocar 65% da carteira em títulos de renda fixa, como Treasuries com vencimento em seis meses a um ano, corporate bonds longos com resgate a partir de 2023 e bonds com vencimento médio de quatro anos
No caso da renda variável, falou Boragini, a alocação é de 35%. Segundo ele, vale optar por mutual funds (fundos mútuos) como o PIMCO Fixed Income Fund 5, o JPM US Growth Fund 10 e o Oaktree Credit Fund 5. Outra pedida são ETFs que repliquem o índice S&P 500 e visem empresas pagadoras de dividendos.
Valor | Alocação | Ativos |
---|---|---|
US$ 6,5 mil | Renda Fixa | Treasuries de curto prazo, bonds de médio e longo prazo. |
US$ 3,5 mil | Renda Variável | Mutual funds (PIMCO Fixed Income Funds 5, JPM US Growth Fund 10 e 0 Oaktree Credit Fund 5), ETFs de S&P 600 |
Perfil Arrojado
Para perfis mais arrojados, a relação entre renda fixa e renda variável se inverte, segundo os especialistas consultados. Leonardo Cappa, economista chefe da Traad Investimento, por exemplo, sugere um portfólio composto por 70% em ações (priorizando ações dos EUA) e fundos globais de outros países e 30% em ativos com rentabilidade definida. “Dentro desse percentual de bolsa americana, a sugestão é alocar a maior parte no S&P 100 Index [subconjunto do S&P 500] e uma pequena parcela no Russell 2000”.
No caso da renda fixa, segundo Cappa, 8% do total iriam para títulos high yield (maior retorno e risco). O restante (22%), falou, poderia ser alocado parte em bonds globais com foco em EUA e parte via gestores com estratégias diversificadas como mercado imobiliário ou operando risco de crédito.
Valor | Alocação | Ativos |
---|---|---|
US$ 7 mil | Renda Fixa | S&P 500, Russell 2000 e funds globais. |
US$ 3 mil | Renda Variável | Bonds, sendo US$ 800 em títulos high yield |
Como Investir?
Quem deseja investir na renda fixa americana a partir do Brasil pode fazer isso de duas formas. Uma delas é abrindo uma conta internacional junto a uma corretora que atua nos Estados Unidados. A dica na hora de escolher uma é se atentar para as taxas mais atrativas e melhores prateleiras de produtos para investir.